quarta-feira, 28 de março de 2012

F*D# - SE, por Millor Fernandes

Uma pequena homenagem a um grande comunicador...
(ATENÇÃO: este post contém palavras de baixo calão... Muitas... e algumas pessoas podem se sentir ofendidas... Mas foda-se!)


O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?

O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo ? Então foda-se!".

"Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!".
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.

É o povo fazendo sua língua.

Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Pra caralho", por exemplo.

Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"?
"Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Lactea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negacao, está o famoso "Nem fodendo!".
O "Não, não e não!" é tampouco o nada eficaz e ja sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente nao!" o substituem.

O "Nem fodendo" á irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.
Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!".
O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.

Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".

O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.

São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos.

Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...
Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!".

Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto- estima.
Desabotoa a camisa e saia a rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!".

Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? - "Fodeu de vez!".

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!

Millor Fernandes

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Fim do mundo está confirmado!

O fim do mundo está mais próximo do que imaginamos...

2012?

Papo furado!

O fim do mundo é agora, e os fatos enumerados a seguir comprovam isso mais que tudo!



Se não achou que é o suficiente pra te convercer que o mundo VAI acabar em breve, aí vai uma imagem muito forte, que apenas os mais preparados não irão se desesperar ao vê-la...!



É o fim!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Carta Aberta à Comunidade Acadêmica da UNIFESP

Divulgo abaixo a carta aberta elaborada por estudantes da Universidade Federal de São Paulo, contrários aos rumos do movimento estudantil atualmente, em que se toma única e exclusivamente a greve como forma de mobilização.

Nesse momento coloco apenas a carta para conhecimento, e num próximo post (provavelmente após a assembléia que ocorrerá amanhã, deixo alguns questionamentos mais aprofundados).

Guarulhos, 18 de novembro de 2010

À comunidade acadêmica da Universidade Federal de São Paulo, da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,

Após os acontecimentos das Assembléias Gerais dos Estudantes do Campus Guarullhos, ocorridas nos dias 11 e 17 de novembro de 2010, foi formado um grupo de discussão de alunos que se posicionam oficialmente contra o meio de conduzir assembléias por parte do Comando de Greve. Consideramos a pauta de reivindicações legítima, uma vez que os problemas relatados afetam todos os discentes, docentes e funcionários da Universidade. Assim, somos favoráveis à pauta apresentada pelo Movimento Estudantil.

Entretanto, entendemos que diante das deliberações apresentadas pelos órgãos competentes, a greve não é mais o único instrumento eficiente para encaminhar as negociações. Além disso, ficou claro que parte dos docentes do Campus Guarulhos acordam com a pauta exposta pelos estudantes e colocam-se à disposição para que se construa uma comissão mista que acompanhe o desenrolar das reivindicações. Ou seja, ocorreria uma saída estratégica da greve para que se construa um movimento mais inclusivo.

Reconhecemos o movimento da greve, desde seu início em 21 de Outubro de 2010, como organizado e representativo da maioria dos estudantes do Campus. O fato de que os alunos aderiram à greve evidencia o acordo entre os mesmos de que esta era o meio necessário para alcançarmos nossos objetivos. Porém, atuais ocorridos demonstram a ilegitimidade da Assembléia coordenada pelo Comando de Greve, o qual age como único preparado para encaminhar as discussões entre os alunos presentes, mesmo alegando princípios de democracia. A falta de legitimidade tornou-se evidente nas inscrições de falas que não foram feitas pela mesa quando se tratava da oposição à continuidade da paralisação; no boicote a essas falas, quando conseguidas, por meio de gritos, vaias e insultos, ou por meio do controle do tempo; a mesa formada em sua totalidade pelo “comando”, que não aceita opositores às suas idéias em sua composição; e ao não encaminhamento de propostas que não estejam de acordo com o posicionamento da mesa.

Parte dos integrantes do atual movimento que encaminham as reivindicações se pautam nos princípios democráticos para as decisões. No entanto, há um conflito naquilo que se considera democracia e as atitudes desempenhadas pelos mesmos, pois entendemos democracia como a valorização do diálogo, o respeito de todas as partes e não meramente uma contagem de votos. Afinal, não se pode entender democracia como instrumento de repressão às idéias contrárias, mas sim à busca por um consenso benéfico a todos.

Deste modo, nosso posicionamento é pela construção de um movimento de fato abrangente e democrático, considerando, para isso, necessário o término da greve neste momento. Deixando claro que estamos dispostos a acompanhar em conjunto com todos os alunos e professores os processos em andamento referentes à pauta de reivindicações, nos mobilizando de outras formas, como já temos feito. Afirmamos ainda que continuamos abertos ao diálogo, como sempre estivemos e convidamos todos os estudantes a participarem das próximas reuniões e da Assembléia Geral do Campus.

Atenciosamente,

Estudantes da Universidade Federal de São Paulo – Campus Guarulhos

domingo, 7 de novembro de 2010

tirando o pó

Oi, como vai você?

Depois de mais de 1 ano sem postagens aqui no Blog, me lembrei que ainda possuo a capacidade de escrever, mesmo que coisas não mais relacionadas ao intercâmbio. Portanto, estou retomando meu blog, com a esperança de postar pelo menos uma vez por semana sobre temas diversos.

Amigos, relacionamentos, política, pesquisa acadêmica, futebol... e tudo o mais que der na telha e que me sugerirem...

Nesse primeiro-novo post, vou tentar falar um pouco (muito pouco e superficialmente) sobre minha experiência depois do intercâmbio.

Ter morado fora, saído de casa, conhecido pessoas, sem dúvida foi a melhor experiência da minha vida. Pensar que com 20 anos eu estava vivendo coisas que meus pais, com 50 anos nunca viveram nem viram, é algo até meio confuso. E o que eu já previa, ainda quando estava no Porto, acabou por se concretizar.

A vivência de morar sozinho, conhecer muitas pessoas diferentes, viver situações nunca antes imaginadas, e depois de tudo isso... voltar pra casa dos pais. O choque seria evidente. E não só o choque entre pais e filhos, mas também a divergência de estilo de vida que eu adquiri em confronto ao que meus pais mantiveram, a divergência natural de gerações e principalmente, as contradições que se criaram em minha cabeça. (Momento desabafo...)

Voltar de Portugal não foi só o retorno às origens e muito menos o retorno à uma rotina. Voltei ingressando em outro ramo de trabalho completamente diferente de tudo que jpa tinha feito; voltei solteiro; voltei a ter amigo; voltei com o ritmo de festas e vida social que adquiri em Portugal, e que não pretendo abandonar antes dos 60 anos...

Voltar nem sempre significa retroceder.
Voltar muitas vezes é renovar.

Agora vivo diversas inquietações e dúvidas que me deixam sem um rumo definido. No momento que seria a reta final de 4 anos de graduação em Ciências Sociais, me sinto muitas vezes com as inseguranças da 1ª semana de aula da faculdade.

E a única idéia que me acalma e me ajuda a tomar uma decisão é a de voltar para Portugal para trabalhar e fazer meu mestrado.

Enquanto fico nessas incertezas, a vida vai correndo e eu aproveitando-a perto das pessoas que eu mais gosto.

Vou nessa, que a outra já foi...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Viagem à Inglaterra e Irlanda

Depois de mais de três meses sem dar sinal de vida por aqui, vou tentar retomar as postagens pelo menos uma vez por semana.
O ritmo de vida de intercambista é muito rápido. Estudar, participar da arrumação do apartamento, fazer comida, compras no mercado... E ainda conseguir um pouco de tempo pras festinhas e uma ou outra viagem... Mas tudo tem feito parte de uma experiência fantástica...

Hoje vou falar mais da viagem que fiz na semana da Páscoa, quando tive quase 14 dias de folga na facul, e aproveitei para ir com meus amigos para a Inglaterra e para a Irlanda.

Começamos nossa jornada no dia 02 de Abril, partindo do Porto e chegando a Liverpool. A cidade é muito bonita, apesar de não possuir muita estrutura turística. A maior atração, como é de se imaginar, são os Beatles. Fomos ao tour realizado nos principais pontos da cidade relacionados à banda. Entre eles, as casas onde os quatro viveram, onde nasceram, entre outros lugares que marcaram a juventude deles e originaram temas para músicas, como a Penny Lane, a sepultura de Eleanor Rigby e o Strawberry Field. Ao final do tour, ficamos no Cavern Pub, primeiro palco do quarteto. Lá tomamos uma legítima cerveja inglesa e ouvimos, claro, Beatles, além de Credence Clearwater, Oasis e Pink Floid.

De Liverpool tomamos um ônibus para Manchester. Esta cidade, para meu espanto, tinha ainda menos estrutura e atrações turísticas que a primeira. Sua principal atração é o estádio do Manchester United, o Old Trafford. Realmente é um estádio monumental, extremamente moderno. Além disso, possui um museu do clube que praticamente narra, não só a história do time, mas do futebol inglês. Por se tratar de uma das mais importantes cidades da revolução industrial inglesa, ainda há grande herança desta época, dentre elas o belíssimo Museu da Ciência e da Indústria. Mas apesar da falta de estrutura turística, parece ser uma ótima cidade para se viver.



Partindo para o próximo destino, tomamos o avião para Dublin, Irlanda. A primeira capital européia que conheci e logo me encantei. O clima dos pubs dá à cidade um ar muito jovem e descontraído. Entre lendas de gnomos, duendes e outras coisas fantásticas visitamos os principais pontos turísticos, além de uma maravilhosa zona pesqueira e a fábrica da famosa cervejaria Guinness. Esta cerveja é simplesmente sensacional.

Na última noite em Dublin, assim como as outras duas que estivemos por lá, fomos ao Temple Bar, mais famoso pub irlandês, onde ouvimos músicas típicas em um ambiente muito descontraído. Para nossa próximo destino, eu tomaria um vôo diferente do que meus amigos iam tomar. Eu teria que estar no aeroporto de Dublin às 05:00 da matina para seguir para Londres. Logo, saindo do pub, apenas passei no hostel (=albergue) para pegar meu mochilão e esperar um pouco até o horário do ônibus que me levaria ao aeroporto. Resumindo, não durmi a noite toda.


Chegando em Londres, tive uma longa viagem do aeroporto até o centro da cidade. Cerca de uma hora e meia. Desci na Victoria Station, no coração londrino e fui em busca de encontrar meu hostel. Porém Londres tem um pequeno problema. Muitos endereços são parecidos, em regiões muito próximas. Meu albergue ficava na “Kensington Garden Square”, bem ao lado do Kensington Garden – parque muito grande, bem cuidado e bonito.
Porém na estação central me indicaram o caminho para a “Kensington Garden Road”, que ficava do outro lado do parque. Lá tentei novamente me informar, e me mandaram para a “Kensington Garden Street”. Hehehe. Agora calculem: uma noite sem dormir, procurando um endereço em Londres de uma rua muito pequena e desconhecida, com um mochilão de quase 10 quilos nas costas, andando de um lado para o outro sem saber bem para onde ir. Resumindo, cheguei ao hostel por volta das 16:00 horas, completamente quebrado.

E não acaba por aí. No albergue fui informado que não poderia pagar com meu cartão de crédito. Tive que sair em busca de um caixa eletrônico para conseguir levantar dinheiro para dar entrada no hostel. Mas enfim, tudo acabou dando certo. Acabei indo dormir por volta das 17:00 horas e, pasmem, acordei só no outro dia, às 08:00... hehehe...

Mas valeu muito a pena, pois acordei completamente revigorado e disposto. Afinal, ainda tinha praticamente cinco dias pela frente de passeios na capital inglesa.

É realmente difícil não se apaixonar por Londres.





Com todo seu charme de uma cidade com quase 2.000 anos de história, tem ainda um ar completamente cosmopolita, moderno e multi-étnico. E quando eu digo multi-étnico, não é exagero nenhum. Só para se ter uma idéia, a língua que menos se ouve falar pelas ruas é o inglês. Uma verdadeira invasão de indianos e mulçumanos em geral, muitos hispânicos, turistas franceses como eu não imaginava que encontraria, e claro, brasileiros. Ô raça que surge em qualquer condição de temperatura e pressão! Era comum encontrar conterrâneos no ônibus, no free-tour, nos pontos turísticos, no Mc Donald’s.

Aliás, essa viagem no geral foi para mim uma overdose de Mc Donald’s. Afinal, o custo de vida na Inglaterra é altíssimo, e na Irlanda então, nem se fala. A forma mais barata e prática de comer era realmente o fast-food americano. Não tinha jeito!

Mas de resto, a viagem foi simplesmente única e inesquecível. Os companheiros de viagem foram feras, sendo que tivemos até um guia em Londres. Um dos brasilienses que viajava comigo tem um amigo morando em Londres que nos ajudou muito em diversos momentos. Inclusive na semana passada foi a vez dele vir nos visitar cá no Porto. Gente finíssima.

Bom, espero que nas próximas viagens que fizer possa contar melhor minhas experiências sem esperar tanto para compartilha-las.

Ainda preciso conhecer muito de Portugal, mas levando em conta que minhas provas estão para começar na próxima semana, creio que terei muito pouco tempo. Afinal, faltam menos de dois meses para meu retorno ao Brasil. E quando digo isso não é nenhum tipo de exagero, mas parece que foi ontem que eu cheguei por aqui, ainda meio perdido e muito apegado ao Brasil.

Mas cada segundo desta incrível viagem está sendo muito bem vivido e servindo como aprendizado; das aulas às viagens, da resolução de problemas cotidianos com os colegas de apartamento à experiência de conhecer uma parte da minha família que nunca havia visto, senão em fotos.

Mas esta já é uma história que sem dúvida renderá outra postagem por aqui.

Espero que todos desse lado daí do Atlântico estejam muito bem e que saibam que lembro de cada um daqueles que sei que torcem por mim e por minha família durante esses 5 meses.

Um grande beijo a todos.

sábado, 7 de março de 2009

Recepção e Serra da Estrela

Após mais de uma semana sem postar nada, tento colocar todos à par do que tenho feito.

Na segunda-feira houve uma recepção aos estudantes estrangeiros na Reitoria da Uporto. Foi muito legal para conhecermos mais pessoas de vários países diferentes, e principalmente por que serviram Vinho do Porto, à vontade...! hehehe. Foi ótimo.


Saímos até em um dos maiores jornais de Portugal, o Jornal de Notícias.
http://jn.sapo.pt/multimedia/video.aspx?content_id=1158526

Durante a semana, não tive tempo nem de postar nada... Aulas, fazer comida, lavar a roupa, limpar a casa e terminar de tirar as coisas da minha mala... Foi uma semana cheia, mas a sexta-feira fugiu da rotina.

O pessoal aqui do apartamento onde estou morando resolveu alugar um carro, e seguimos para a Serra da Estrela. O ponto mais alto e mais frio de Portugal, onde há uma estação de ski natural, e outra artificial. Muito bem agasalhados, com lanches e ski-bundas emprestados no porta-malas, rumamos para o sul, sentido Viseu, onde tomaríamos a estrada que sobe a serra.



Nossa única preocupação era o fato de ter nevado na noite anterior, e de algumas estradas da região estarem fechadas. Mas com o GPS do carro alugado, achamos que conseguiríamos chegar até lá. Também não adiantava desistir, já que o carro já estava com a gente, e com o tempo rolando...

A viagem foi linda, com belas paisagens, ótimas estradas, e bonitas vilas ao longo do caminho. Quanto mais íamos subindo, mais frio ia ficando.




Chegamos a certo ponto que precisamos definir pra qual vila iríamos. Soubemos que Torre ficava mais próxima à estação, e programamos o GPS para lá.


Novamente na estrada fizemos duas breves paradas. Uma para comprar o queijo típico da região, que aliás, é uma delícia.


Outra para conhecermos um lugar onde são criados os cachorros da Serra da Estrela. Eles não parecem com nenhuma raça que eu tenha conhecido...


Íamos seguindo, subindo... Até que chegou o momento: avistamos a neve!! Pela primeira vez na minha vida...! Foi único.

Mas como felicidade de pobre dura pouco, do nada, no meio da estrada tinha uma porteira fechando a estrada. Uma escavadeira limpava a neve da pista, e não conseguiríamos passar.



Solução: Paramos na beira da estrada, e ficamos brincando com a neve ali mesmo...hehe...

Não conseguimos ficar muito tempo por que, apesar da temperatura estar em 5º C, a sensação térmica estava em torno de -2º C. Voltamos à estrada para achar algum lugar para comer, sem tanto frio.

Chegando à uma pequena vila, estacionamos, fizemos nossa farofada, e fomos tomar um café numa lanchonete. Caímos na estrada de novo, pra tentar encontrar outro caminho que chegasse ao menos mais perto da estação. A vila de Manteigas, fica mais ao alto.



Voltando a ver a neve, o GPS indicou uma estradinha completamente íngreme e lamacenta que chegava à manteigas. Achamos melhor não arriscar e fomos voltando pra casa. Meio desapontados, mas contentes pela viagem.


Tirando as falhas do GPS na volta – que quase mandou a gente pra Espanha – foi uma ótima viagem... Boa pra sair da rotina e dar uma relaxada.

Pretendo fazer mais viagens por Portugal, e se tudo der certo, algumas para fora também... Vou contando tudo por aqui, aos meus fiéis leitores...

Saudades de todos...
Beijos e abraços...

Ps.: algumas outras fotos que mais gostei, e que valem a pena colocar aqui:




sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cidade Incrível

Ontem comecei a conhecer um pouco mais a cidade. Fui à reitoria da Uporto para me inscrever, e o prédio é muito bonito... Lembra um pouco a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Depois vou lá com a câmera e tiro umas fotos.

A cidade é simplesmente linda. Com jeito de cidade antiga, mas como um espírito contemporâneo muito ativo...

A primeira surpresa que tive ao chegar aqui foi o Metro, que chamam de “métro”. Muito novo e confortável, leva à praticamente todos os cantos da cidade. Muito eficiente e seguro. Tão seguro que não existem passarelas para se passar de um lado a outro da estação. Se quiser mudar de estação, basta atravessar os trilhos. Isso mesmo! As pessoas passam pelos trilhos tranquilamente. E em muitos locais, onde o trem fica ao nível da rua, ele passa por entre os carros, em cruzamentos movimentados, sem nenhum problema.

E não é só isso. Não há catracas no metro. As estações parecem mais pontos de ônibus. Para pagar, tens que ter um bilhete, como o nosso bilhete único. Ele é validado em maquininhas que são idênticas às que existem nas lotações de São Paulo. Depois que validou, é só entrar no metro, apertando um pequeno botão para que a porta se abra....hehehe. É tudo diferente.

E claro que há muita fiscalização. Se você for pego sem ter validado seu bilhete, toma uma multa de 95 euros, no mínimo... Logo, quem não quiser pagar 300 reais, tem que ficar ligado. Ontem mesmo eu tava conversando com um brazuca que tomou essa multa por ter passado de uma zona para outra sem validar o bilhete. 100 euros. É uma facada, mas é isso que garante o funcionamento perfeito do transporte.

Bom,vou deixar um pouco mais pra depois.
Andando pela cidade, já estou me apaixonando por tudo... E também ajuda à não ter tanta saudade...






Abraço,e saudade de todos...